Há muitos relatos de mulheres que sentem cólica na gravidez. Mas será que esse é um sintoma que merece atenção especial? Quando é normal e quando passa a ser um problema?
Bom, entre tantos efeitos, a gestação pode causar dores na região abdominal. Em alguns casos, segundo especialistas, esses incômodos pedem um olhar mais atento da gestante.
É preciso avaliar em qual trimestre ela está, assim como qual a intensidade e a frequência da dor.
Neste artigo vou explicar em detalhes quando a cólica na gravidez pode aparecer e em que casos ela é preocupante. O que acha de acompanhar agora mesmo?
O que você vai encontrar nesse artigo:
Sintomas de gravidez: a cólica é um deles
Primeiramente, é importante dizer que, sim, a cólica é um dos sintomas sentidos pelas mulheres grávidas. Esse sinal pode aparecer em diversos momentos da gestação, desde o início da concepção até a reta final.
Apesar de ser ocasionalmente comum, muitas gestantes se preocupam e ficam receosas se a dor significa que algo ruim está acontecendo. Afinal, há o medo iminente de prejudicar o bebê e o prosseguimento da gravidez.
Conheça a seguir em quais fases pode surgir a cólica na gravidez.
Cólica no início da gravidez
Desde a concepção até a quarta semana de gravidez é normal sentir cólica, com incidência de dor tanto nas costas quanto na região abdominal.
A principal razão para que esse sintoma apareça é a preparação do corpo da mulher para a expansão do útero, bem como para a implantação do embrião. Isso ocorre principalmente no caso da primeira gestação.
Ou seja, o organismo vai se adaptando pouco a pouco para que o feto cresça de forma saudável. Temos que lembrar que tudo precisa acompanhar a barriga que vai aumentando a cada semana.
Nesse momento, a cólica costuma acometer a mulher de forma branda e espaçada. Portanto, pode aparecer em alguns dias e em outros não, algo que pode até confundir a cabeça da grávida.
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Lembrando que muitas mulheres que sentem cólica bem no começo da gestação imaginam estar passando pelas tradicionais cólicas menstruais. Então vale a pena ficar de olho se há outros sintomas atrelados, como dores nas mamas e enjoos, por exemplo.
E apesar de ser um sinal comum, dores muito fortes na região abdominal devem ser relatadas ao especialista que faz o acompanhamento pré-natal.
Cólica no segundo trimestre da gravidez
No segundo trimestre de gravidez, ou seja, quando a mulher completa quatro meses de gestação, que também pode ser traduzido por 16 semanas, as cólicas costumam cessar.
De acordo com os médicos, nesse período, o corpo da mulher já se expandiu suficientemente para não causar mais desconfortos abdominais relevantes.
Vale ressaltar que esse tipo de dor pode acontecer entre o fim do terceiro e o início do sétimo mês. Contudo, não é tido pelos especialistas como algo comum.
Desse modo, em caso de incômodo forte, que perdura por mais de três dias, a classe médica recomenda que a gestante procure seu ginecologista obstetra para relatar o ocorrido.
Cólica na reta final da gestação
Passados sete meses completos de gestação, a cólica pode voltar a aparecer.
Mas segundo os especialistas, na maioria das vezes tem a ver com o peso do bebê incidindo no corpo da mulher, assim como de sua movimentação dentro da barriga.
A cólica no período final também é um indício de que a hora do parto está se aproximando.
Muitas mulheres podem sentir os conhecidos pródromos, que são as contrações “falsas”. Elas têm alto grau de dor, assim como as contrações do parto, porém, ainda não indicam que o bebê está pronto para nascer.
Só aparecem como um sinal de alerta, por alguns minutos e são bem espaçadas. É como se o organismo indicasse: vá se preparando! Por isso ocorrem já no período chamado parto a termo - a partir das 37 semanas.
Já as contrações do parto, surgem horas antes do nascimento e costumam ser bem mais intensas e ritmadas. Algumas gestantes relatam ser uma dor semelhante à cólica da menstruação, mas ainda mais forte.
Importante citar que as chamadas contrações de treinamento, que podem surgir no segundo ou terceiro trimestre, não costumam causar dor de cólica. Elas deixam a barriga da grávida mais rígida, e normalmente acontecem por uma resposta muscular.
Quando a grávida deve se preocupar com as cólicas?
A cólica na gravidez não deve assustar a mulher quando é leve e espada, com exceção da hora do parto.
Cólicas extremamente fortes antes dos sete meses do bebê podem ser um sinal de alerta. Deve-se prestar atenção também na frequência com que elas acontecem.
Se passar um dia inteiro com a cólica, por exemplo, sem pausas, já é preciso focar a atenção nisso e entrar em contato com o médico ginecologista.
Muitas mulheres questionam sobre a relação das cólicas com o aborto. E sobre isso, os médicos pontuam que em certos casos, podem surgir dores abdominais em caso de abortos espontâneos, mas que costumam ser acompanhadas de sangramentos.
Outros problemas que influenciam no surgimento das cólicas são as infecções vaginais e urinárias. Quando a mulher está sofrendo com algum desses problemas, pode sentir desconforto abdominal prevalente juntamente com corrimentos e dores na hora de fazer xixi.
Além destes, existem outras causas da cólica na gravidez:
- Gravidez tubária
- Descolamento de placenta
- Descolamento do saco gestacional
- Intoxicação alimentar
- Virose
Em qualquer um desses casos a cólica não surge isoladamente. Se as dores persistirem, a gestante deve procurar seu médico para avaliação.
O que fazer para acabar com a cólica na gravidez?
A principal indicação médica para grávidas que estão sentindo cólicas é o repouso até amenizar os sintomas.
Compressas quentes na região da barriga e das costas também ajudam a aliviar as cólicas, assim como banhos com a água entre morna e quente.
Lembre-se que grávidas não podem tomar chás como método para sanar dores, pois muitas ervas podem induzir aborto ou parto prematuro.
Já em relação a medicamentos, somente os médicos podem receitar os mais indicados. Porém, o consenso geral é que as gestantes não tomem qualquer remédio para tratar cólicas.
E então, consegui tirar suas dúvidas sobre cólica na gravidez?
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